Quem mora em áreas onde ainda não há Unidades de Polícia
Pacificadora (UPP) está pagando, em média, de 7% a 11% a mais ao renovar o
seguro do carro nos últimos três meses, em comparação ao ano passado. O dado é
do presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio (Sincor-RJ),
Henrique Brandão, que indica bairros das zonas Norte e Oeste, além da Baixada
Fluminense, como os que estão sofrendo com reajustes mais elevados.
— Esse aumento é causado principalmente devido ao crescimento
no número de roubos de veículos nessas regiões. O risco de roubo representa, em
média, 40% do preço cobrado pelo seguro — explica Henrique Brandão.
Um levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), do
governo do estado, indica que, de janeiro a setembro deste ano, a taxa de
veículos roubados cresceu 18,23% na cidade do Rio. A alta foi maior na Zona
Norte — onde o índice aumentou 24,8% em relação a 2011 — seguida pela da Zona
Oeste, de 22,67%. Morador de Campo Grande, o comerciante Roberto dos Ramos, de
33 anos, viu a cobrança pelo seguro de seu Jetta 2011 disparar de R$ 3.500 para
R$ 4.500, uma alta de 28,57%:
— Não entendo o motivo. Meu irmão mora no Recreio e paga a
metade disso. Não há uma violência maior que justifique essa diferença. Nem
mesmo sendo corretor de seguros, Robson Cunha se livrou de pagar mais caro este
ano pelo seguro de seu Tucson, que passou de R$ 2.286 para R$ 2.305.
— O Rio tem a média de seguro mais alta do Brasil. E, na
Baixada, é onde custa mais. Temos visto que há um aumento geral nos valores das
renovações nos últimos meses. A melhor forma de diminuir esse impacto é fazer a
cotação nas seguradoras de confiança, porque o valor cobrado muda bastante de
uma para outra — diz.
O susto para quem for renovar o seguro no fim do ano, porém, deve ser menor. De acordo com Henrique Brandão, do Sincor-RJ, há uma tendência de estabilização nos valores.
Fonte: Portal de notícias do Centro de Qualificação do Corretor de Seguros