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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Enchente eleva preço de seguro de carro em SP

Notícias Jornal da Tarde

jan 28 2010

Os temporais que têm se repetido quase diariamente neste verão na região metropolitana de São Paulo e as enchentes que eles provocam vão fazer subir os preços dos seguros de automóveis, avaliam corretores e analistas. Apenas uma das principais seguradoras do setor registrou aumento de 275% no pagamento de indenizações por conta de danos causados pelos alagamentos em janeiro, na comparação com o primeiro mês de 2009. O número saltou de 400 para 1,5 mil. Segundo Leoncio Arruda, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado, desde dezembro, quando as chuvas se intensificaram, o volume de registros por danos aumentou cerca de 20% em relação à média mensal do ano. Esses aumentos são utilizados pelas empresas para definir o valor do seguro.

Aumento de casos de danos causados pelas enchentes terá impacto nos preços cobrados pelas seguradoras

Marcos Burghi

O grande volume de chuvas registrado na região metropolitana de São Paulo em janeiro vai provocar aumento dos preços de seguros de automóveis. A avaliação é de corretores e analistas.

Segundo Antonio Penteado de Mendonça, advogado especializado em legislação securitária e articulista do Jornal da Tarde, apenas uma das principais seguradoras do setor registrou aumento de 275% no pagamento de indenizações por conta de danos causados pelas chuvas em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2009. O número saltou de 400 para 1,5 mil e o mês ainda não terminou. “Isso tem impacto considerável no caixa de qualquer companhia, o que acaba sendo repassado aos consumidores”, afirma.

Na avaliação de Mendonça, não é possível determinar qual será o impacto nos preços porque é preciso esperar para saber o quanto o aumento da demanda repercutirá no mercado como um todo. “Apesar disso, haverá repasses ao longo do ano”, diz.

Leoncio Arruda, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado (Sincor-SP), afirma que desde dezembro, quando as chuvas se intensificaram, o volume de registros por danos encaminhados ao Sincor-SP aumentou cerca de 20% em relação à média mensal do ano.

Na opinião de Arruda ainda é precipitado cravar de quanto será o aumento, mas se as seguradoras perceberem ao final do primeiro trimestre uma elevação no pagamento de indenizações certamente irão recompor seus caixas com reajustes. Os produtos existentes no mercado preveem coberturas parcial e total, explica Arruda. Esta última, que contempla colisão incêndio e roubo, também cobre danos causados pelas chuvas.

Ele ressalva, porém, que o pagamento apenas ocorre quando a inundação vai ao encontro do consumidor, isto é, a água atinge o automóvel surpreendendo o motorista e provocando estragos. Se a seguradora provar que o proprietário se arriscou na travessia de alagamentos e ficou no meio do caminho, não há indenização. A regra vale para casos de danos à parte elétrica, quando a ocorrência é classificada como perda total, ou não.

De acordo com Arruda, boa parte dos consumidores faz apólice de seguro na modalidade total, já que a parcial, que prevê cobertura de apenas parte das ocorrências, custa entre 40% e 50% menos que o valor do seguro total.

Ele observa que adendos contratuais que aumentem a abrangência da apólice podem ser feitos a qualquer tempo, desde que a diferença seja paga e sem haver carência para utilização.

“O único problema é que se a mudança ocorrer por conta de algum dano vai constar da apólice e, certamente, alterar o preço”, afirma Arruda.

Segundo Alex Rodrigues, da Topmar Corretora, se o ritmo de chuvas continuar certamente haverá reflexos nos preços que as seguradoras cobram de seus clientes. Até a manhã de ontem, o Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura da capital (CGE) havia registrado chuva equivalente a 419,5 milímetros, índice recorde mensal da série histórica da medição, iniciada em 1995. Ele afirma que, hoje, nove entre dez contratantes pedem informações sobre coberturas contra enchentes.

A vendedora Terezinha Xavier, 61 anos, foi uma das vítimas da chuva de anteontem. “Não tive outra reação que não chamar a seguradora. Se tentasse ligar o carro novamente poderia ser acusada de provocar o dano”, diz. Ela conta que recebeu a recomendação de procurar uma oficina credenciada, mas preferiu levar em um estabelecimento de sua confiança. “Como não houve a inutilização do veículo, eu teria de arcar com a franquia de R$ 1.532”. Ela diz que vai esperar a avaliação e se a conta ficar menor, pagar do bolso.


ATENÇÃO
>> Os seguros de automóveis existentes no mercado preveem cobertura parcial e total. A primeira modalidade contempla danos causados por incêndio ou contra terceiros, por exemplo

>> A cobertura total inclui, além desses casos, colisão e danos causados por enchentes

>> Portanto, estão protegidos contra problemas causados pela chuva os consumidores cujas apólices contemplam seguro total, cujo valor é até 50% maior que o de um contrato parcial

>> As indenizações valem para casos em que o motorista está em determinada área e é pego pela inundação. Quem tentar atravessar alagamentos e não conseguir perde direito ao pagamento

>> Atualmente, nove entre dez contratantes do produto querem proteção contra alagamentos, segundo corretores.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Previdência bate recorde em captação e provisões sobem para R$ 176,6 bilhões

A crise financeira mundial não atrapalhou a trajetória de forte expansão do mercado de previdência privada aberta no ano passado, mais uma vez na casa de dois dígitos. Tanto que o setor bateu mais um recorde de captação, apresentando o melhor resultado desde o início da série histórica do setor, em 1998. No acumulado do ano, a captação dos planos atingiu R$ 38,7 bilhões, alta de extraordinários 21,79% na comparação com 2008, quando foram captados R$ 31,8 bilhões, informa a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), entidade que reúne 69 seguradoras e 13 entidades abertas de previdência complementar no País. Também as provisões do mercado, ou seja, aqueles recursos acumulados pelos participantes do sistema de previdência complementar, cresceram 24,45%, totalizando R$ 176,6 bilhões.

O número de planos contratados também registrou evolução em 2009. A indústria fechou o ano com 12,2 milhões de contratos de previdência aberta. O número é 11% superior aos 11 milhões de contratos existentes ao final de 2008.
Em 2009, o produto VGBL, que se popularizou por ser indicado ao investidor que não declara Imposto de Renda pelo modelo completo, acumulou R$ 30,2 bilhões, registrando expansão de 28,28%. O VGBL é um seguro de vida com caráter previdenciário por possuir cobertura por sobrevivência.

Já o volume de contribuições do PGBL – produto de previdência adequado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda e que permite deduzir até 12% do montante a ser pago à Receita Federal – somou R$ 5,2 bilhões em 2009 e alta de 4,48%- em 2008 a captação fora de R$ 5 bilhões. A receita dos planos tradicionais, por sua vez, registrou alta de 1,75% no período com captação de R$ 3,3 bilhões. Os outros produtos de previdência (FAPI, PGRP e VGRP) captaram R$ 17,9 milhões, queda de 17,55%.

Planos. Os dados da Fenaprevi mostram que em 2009, os planos individuais captaram R$ 30,7 bilhões, apresentando um crescimento de 21,50% na comparação aos R$ 24,3 bilhões somados em 2008. Os planos para menores, que definitivamente se popularizaram entre os investidores interessados em acumular poupança a longo prazo para os filhos, acumulou R$ 3,3 bilhões no período e obteve alta de 14,10%. Em 2008, os planos para menores captaram R$ 2,9 bilhões. No acumulado do ano, os planos empresariais por sua vez crescerem 1,71% e captaram R$ 4,6 bilhões na comparação aos R$ 4,5 bilhões somados no acumulado de 2008.

Provisões. Os recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar apresentaram saldo de R$ 176,6 bilhões e alta de 24,45% no ano em comparação ao saldo registrado no ano de 2008, quando as reservas do setor somaram R$ 141,9 bilhões. As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo, 35,98%, passando de R$ 71 bilhões para R$ 96,5 bilhões no acumulado do ano.

O PGBL cresceu 22,88% em 2009 e as reservas do produto passaram de R$ 39,4 bilhões para R$ 48,4 bilhões no ano. As reservas de planos tradicionais, por sua vez, passaram de R$ 31 bilhões para R$ 31,1 bilhões no período, alta de 0,44%.

Com relação a market share, os planos VGBL mantiveram a liderança no volume de depósitos no sistema de previdência complementar, com 54,65% do total, seguidos pelos PGBL, com 27,43% do volume total de provisões, enquanto os planos tradicionais contaram com 17,63% do volume total de provisões. Outros produtos – incluindo os Fapi - completam a equação, com 0,29%.

Perfil. Em relação à carteira de investimentos – que corresponde aos ativos que garantem as provisões técnicas – o mercado de previdência complementar cresceu 22,77% em relação ao ano de 2008. Com isso, a carteira do setor totalizou R$ 179,7 bilhões.

De acordo com o balanço da Fenaprevi, o VGBL obteve alta de 35,96% do total de recursos, passando de R$ 70,8 bilhões para R$ 96,2 bilhões. Já o PGBL cresceu 22,99% no período. A carteira do produto passou de R$ 39,6 bilhões para R$ 48,7 bilhões entre 2008 e 2009. Por fim, a carteira de planos tradicionais passou de R$ 35,4 bilhões para R$ 34,2 bilhões, queda de 3,49%. Os demais produtos, FAPI, PRGP, VRGP, corresposderam por 0,59%.

Dezembro. Em relação ao mês de dezembro de 2009, os planos de previdência captaram R$ 5,5 bilhões, o que representou um crescimento de 24,58% na comparação com o mesmo período de 2008, um novo recorde na captação.

O VGBL no período captou R$ 4,2 bilhões, com alta de 36,47% em comparação à dezembro de 2008. O PGBL, por sua vez, apresentou queda de 2,48% arrecadando R$ 999,4 milhões frente ao R$ 1bilhão registrado em dezembro do ano anterior.

Os planos tradicionais apresentaram queda de 2,85% no período. Em dezembro de 2009, foram captados R$ 324,7 milhões, contra uma captação de R$ 334,2 milhos registrados no mesmo mês do ano anterior.

No resultado mensal por segmento o destaque mais uma vez fica por conta dos planos individuais que cresceram 33,50% com captação de R$ 4 bilhões em relação a dezembro de 2008. Os planos para menores tiveram alta de 32,04% e depósitos de R$ 875 milhões. Os tradicionais, por sua vez, tiveram queda de 15,74% na captação.

11/02/2010 11:10 hs
Fonte: http://www.fenaseg.org.br

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Alagamentos provocam prejuízos aos motoristas; saiba como proteger seu veículo

A água entrou pela garagem, alcançou o quarto degrau da escada e ameaçou entrar na casa. Minutos depois, o carro da aposentada Maria Honorato de Oliveira, 68, começou a boiar e ela viu o sonho do primeiro automóvel ser coberto de lama. "Nunca consegui ter um carro, quando consigo acontece isso. Faz dois anos que a gente está pagando, descontando do holerite. Agora está cheio de lama, sai faísca, sai fumaça. Não sei se o mecânico vai conseguir consertar", contou.

Ela e o marido, também aposentado, moram no bairro Monte Alegre, em Pirituba, na zona norte de São Paulo, região que sofre desde dezembro com as enxurradas. Depois que o carro foi para o conserto, eles precisam pegar ônibus para se movimentar pela cidade.

"E aí demora, pega trânsito, é cansativo... Ficou bem difícil, mas vida de pobre é assim. Tem que pagar IPVA, mas não tem ninguém para ajudar", disse. "Fora o prejuízo. Uma pecinha que distribui a eletricidade pelo carro custa R$ 300. O motor de arranque, então, nem se fala. Pega e para", falou.

Alguns dias depois, do outro lado da cidade, na Vila Clementino, zona sul da capital, a cena se repetia. Desta vez, na garagem do prédio do engenheiro Aldo Augusto Bergamasco, 45, onde cerca de 40 carros ficaram debaixo d’água em dois subsolos --inclusive o dele e o da mulher dele.

"O seguro disse que vai cobrir, porque o carro estava dentro da garagem e foi uma invasão de água, mas o dinheiro ainda não chegou. O maior prejuízo é com a demora. Eu consegui um carro reserva com a seguradora, mas minha mulher não. Ela depende de carona de colegas e funcionários para chegar ao trabalho. No fim de semana, tivemos que visitar familiares, inclusive no hospital, e a vida ficou muito corrida", explicou Bergamasco.

Seguro contra alagamento

A forma mais segura de passar pela temporada de chuvas sem maiores transtornos ainda é evitar locais propensos a alagamentos, chuvas de granizo, quedas de árvore e pedras. Mas, caso isso seja inevitável, a opção pode ser fazer um seguro do carro.

De acordo com a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados (Fenaseg), os danos provocados por inundações estão previstos na chamada "cobertura compreensiva", que é a apólice escolhida pela maioria das pessoas e protege contra colisão, incêndio, roubo e furto. Contratando esta cobertura, o carro também estará protegido dos sinistros provocados por enchentes, seja nas ruas da cidade ou na garagem de prédios e casas.

Nesse modelo, no entanto, não estão previstos danos de enormes proporções, como os provocados por terremotos, ou casos de agravamento de riscos. "O motorista não deve nunca tentar atravessar um local alagado onde outros veículos falharam. Se isso for comprovado, o segurado pode perder o direito à indenização", explicou o diretor do Porto Seguro Auto, Marcelo Sebastião.

Depois de feito o sinistro, ou seja, o registro do problema na central da seguradora, o carro é encaminhado para a oficina mecânica para reparo e avaliação do prejuízo. Quando o valor do conserto ultrapassa 75% do valor do veículo (na maioria das vezes calculado pela tabela Fipe) a indenização é total, informou o representante do setor de automóveis da Fenaseg e superintendente da Bradesco Seguros, Fernando Cheade.

Se você já possui um seguro e sofreu algum tipo de perda por conta da chuva, deve ler no contrato as condições gerais da apólice para saber se está coberto. Caso esteja e mesmo assim tiver problemas em conseguir a indenização, pode procurar o órgão de defesa do consumidor da sua cidade.

Procura faz preço do seguro subir A segurança, porém, pode custar caro. Além de ter de pagar a franquia --que varia de acordo com a seguradora, mas pode passar de R$ 1.000--, o motorista ainda pode enfrentar uma alta nos preços das apólices para o próximo ano.

Cheade explicou que houve um aumento significativo no número de atendimentos em função da chuva, tanto para a remoção dos veículos enguiçados em locais alagados quanto para reparos de automóveis que sofreram com as inundações. E a procura, disse ele, leva ao aumento dos pagamentos de sinistro e, consequentemente, ao reajuste do preço do seguro.

"As taxas são diretamente decorrentes da frequência e severidade das ocorrências. Um aumento na época de chuvas intensas é sempre esperado, mas os volumes têm superado a expectativa. O aumento no volume de chamadas foi superior a 30%", afirmou.

Fonte: Fabiana Uchinaka Do UOL Notícias Em São Paulo - 3/2/2010 - 8:08:24

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O que o aquecimento global pode causar no Brasil?

por Marina Motomura

Além de sentir mais calor, em um futuro não tão distante o povo brasileiro deve enfrentar secas em algumas partes, chuvas torrenciais em outras, furacões, e todas as espécies, inclusive o ser humano, devem sofrer baixas consideráveis.
No início de fevereiro, um grupo de cientistas do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU) divulgou um relatório que mostra que o planeta está cada vez mais quente – e a chapa vai continuar esquentando.
O aquecimento da Terra, contudo, não será homogêneo: a temperatura subirá mais nos continentes do que nas áreas oceânicas e mais no hemisfério norte do que aqui no sul. Isso significa que o Brasil até pode ser menos afetado do que os Estados Unidos e os países europeus, mas, se as previsões do IPCC se concretizarem, não teremos refresco. "O aquecimento por aqui deve ser de 4 a 5,5 ºC na região tropical. O Nordeste, o Centro-Oeste e a Amazônia serão as regiões mais afetadas", diz o meteorologista José Marengo, coordenador de estudos de mudanças climáticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O IPCC deve divulgar novos relatórios mais detalhados em breve, com previsões sobre o impacto do aumento da temperatura em cada região do globo, mas estudos do Inpe já dão uma idéia de como ficará nosso país em menos de cem anos. É melhor ir ligando o ar-condicionado.

Operação abafa
Dentro de cem anos, as Regiões Norte e Centro-Oeste serão as maiores vítimas do calor
FLORESTA AMEAÇADA

No Brasil, a onda de calor será mais intensa nas Regiões Centro-Oeste e Norte. E, junto com o calor, aumentam os riscos de incêndios e queimadas. A maior vítima disso, claro, é a floresta Amazônica, onde a mata fechada deve dar lugar a uma vegetação menos densa, como o cerrado

ENTRESSAFRA

O aquecimento global vai bagunçar as temperaturas, acabando com as diferenças entre as quatro estações, e tornando os veranicos – períodos secos em estações tipicamente chuvosas – mais freqüentes. Com isso, safras inteiras podem ser perdidas por causa do calor e de chuva em excesso na hora errada

FURACÃO 2100

É "muito possível", segundo o IPCC, que tormentas, tufões e furacões sejam mais constantes e intensos – o aquecimento aumenta os choques entre massas de ar de diferentes temperaturas, provocando fenômenos desse tipo. O furacão Catarina, que passou por Santa Catarina em março de 2004, parece ter sido apenas o primeiro resultado desse processo

PLANTÃO MÉDICO

O ar, quente e seco, ficará mais difícil de respirar. Ao menos 300 mil pessoas morrerão a cada ano devido a doenças respiratórias. Brasília, já famosa pelo clima seco, ficará inabitável em algumas épocas. E não é só isso: como verão e inverno terão temperaturas parecidas, insetos transmissores de doenças como malária e dengue terão mais tempo para se reproduzir

NÃO VAI DAR PRAIA

O IPCC prevê que o nível dos oceanos suba de 18 a 59 centímetros até 2100. Cidades litorâneas do mundo todo terão que construir barreiras para conter a água e ilhas correm o risco de desaparecer. A ilha de Marajó, no Pará, não deve sumir nesse primeiro período, mas seu território sofrerá uma perda considerável: o Inpe prevê que 2 metros de elevação do nível do mar roubaria 28% do território da ilha

VIDAS SECAS

Com temperaturas mais altas, as regiões secas devem ficar ainda mais secas. O semi-árido nordestino pode deixar o semi para trás e ganhar o aspecto de um deserto. Resultado: menos plantas, menos animais e mais gente fugindo para as cidades maiores, que verão a pobreza crescer na sua periferia

TEREMOS TORÓ

Foi-se o tempo que São Paulo era a terra da garoa. Daqui para a frente, a metrópole tende a sofrer com chuvas fortes – e, claro, enchentes constantes. Nas cidades do Sul e do Sudeste, deve chover 20% mais do que chove hoje e, pior, as chuvas devem ser mais duradouras, já que mais água deve se acumular nas nuvens

MORTE À MATA

Os humanos podem fugir para lugares mais frios se a temperatura aumentar demais, mas animais e principalmente plantas não têm a mesma sorte. Por isso, estima-se que a mata Atlântica, que ainda abriga uma cadeia alimentar bastante complexa, pode perder até 40% da sua biodiversidade atual

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Estado de São Paulo bate recorde de roubos em 2009

SÃO PAULO - O ano passado registrou piora generalizada nos índices de crimes no Estado de São Paulo. Os roubos alcançaram o mais alto valor da série histórica, com 257.004 ocorrências, 18% acima do ano anterior. O recorde de roubos havia sido alcançado em 2003, quando foram registrados 248.406 casos. Os dados serão publicados na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, no item dedicado aos despachos do Gabinete do Secretário da Segurança Pública.

Também cresceu o total de casos de latrocínios, sequestros, roubo e furto de veículos. Para piorar, a violência policial também aumentou. No ano passado, foram registrados 549 casos de resistências seguidas de morte - quando a vítima morre em supostos confrontos com a polícia. O total é 27% maior do que os 431 casos contabilizados no ano anterior.

São raras as boas notícias no balanço da Segurança Pública no ano passado. Uma delas foi o crescimento na apreensão de entorpecentes, que subiu 11% em relação a 2008. Foram apreendidas no ano passado pelas Polícias Civil e Militar 27.886 quilos de drogas, quase três vezes mais do que era apreendido em 2000. O crescimento na apreensão é resultado de trabalho mais eficiente da polícia. Também coincide com a troca de comando do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), chefiado no último ano pelo delegado Eduardo Hallage.

Até mesmo os homicídios, que vinham registrando uma sequência histórica de queda, tiveram ligeiro aumento no ano passado - 3% no Estado. As quedas nos assassinatos, contudo, continuaram a acontecer na capital e na Região Metropolitana de São Paulo. Na capital, foram registrados 1.235 assassinatos, número 2% menor em relação a 2008. A queda na Grande São Paulo foi ainda maior: 11,2%, com total de 1.202 assassinatos. O que significa que o crescimento dos homicídios em São Paulo se concentra principalmente no interior do Estado.

PREOCUPAÇÃO

Os casos de latrocínios (roubo seguido de morte) também registraram aumento preocupante. Cresceram 14% em relação a 2008, com 304 casos, total maior do que os registrados nos três anos anteriores. As ocorrências de extorsão mediante sequestro também aumentaram, chegando a 85 casos, ante 60 em 2008. Os índices alcançados no ano passado, contudo, ficam abaixo do total de sequestros que vinham ocorrendo anualmente desde 2001.

Outros dados que registram elevação surpreendente foram as ocorrências de furto e estupro. No primeiro caso, foram contabilizados 528.933 furtos no Estado, 8% a mais que em 2008. Na ocasião, os números ficaram superestimados por causa dos quase três meses de greve da Polícia Civil - entre agosto e novembro de 2008.

Nos casos de estupro, o aumento se deu principalmente por causa da mudança na lei, que ficou mais abrangente. Desde agosto do ano passado, o crime de atentado violento ao pudor, por exemplo, também passou a ser registrado como estupro. Foram registrados 5.647 casos, ante 3.338 em 2008.