Comando Nacional propõe primeira negociação sobre emprego para quarta-feira, dia 19
Os bancários do Rio realizam o ato de lançamento da campanha nacional
da categoria nesta segunda-feira, dia 17. A concentração será a partir
do meio-dia, na Candelária. Em seguida, os trabalhadores seguirão em
passeata pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia.
Com o mote "Exploração não tem perdão", a categoria tem o desafio de
realizar uma campanha forte nas ruas diante de uma conjuntura política
desfavorável, onde a pauta conservadora avança no Congresso Nacional,
com o risco de aprovação do projeto que amplia a terceirização,
inclusive nas atividades principais das empresas.
Pauta entregue
O Comando Nacional dos Bancários entregou aos banqueiros nesta
terça-feira, 11, na sede da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em
São Paulo, a pauta de reivindicações da categoria. A presidenta do
Sindicato do Rio, Adriana Nalesso, participou do encontro.
"Os bancos têm todas as condições de atender às nossas reivindicações
e precisam ter responsabilidade com o emprego dos funcionários e com o
desenvolvimento do país, oferecendo crédito mais barato para todos",
disse.
A pauta tem como pontos centrais o reajuste de 16%, valorização do
piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$
3299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do
emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores
condições de trabalho, fim da terceirização, vale-alimentação/refeição
maiores e igualdade de oportunidades. Também foram entregues as pautas
específicas dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica
Federal.
Prioridades
O Comando Nacional propôs aos bancos o seguinte calendário para as
negociações, que ainda será avaliado pelos bancos: em agosto, no dia 19,
a primeira mesa seria para a negociação sobre o emprego; de 24 a 28,
mesas específicas; dias 2 e 3 de setembro, saúde; dia 9, igualdade de
oportunidades; e dia 16, remuneração.
"Não é por acaso que o emprego é o primeiro item de negociação
proposto pelo movimento sindical, pois foi apontado como prioridade pela
categoria na consulta nacional organizada pela Contraf-CUT. Os
bancários entenderam os riscos do cenário político, em que a pauta
conservadora avança com projetos contra os trabalhadores, como o que
amplia a terceirização e ameaça a nossa e outras categorias", acrescenta
Nalesso.
Outro item prioritário, além da remuneração, é a saúde dos
trabalhadores. "As metas abusivas e o assédio moral não param de crescer
em todos os bancos, adoecendo os funcionários. A situação está
insustentável", protesta.