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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Seguro contra risco cibernético entra no radar das empresas brasileiras

O ano de 2017 trará para as empresas brasileiras uma nova preocupação: a contratação de seguros cyber. A constatação é de Caio Timbó, diretor financeiro da LTSeg, corretora especialista em seguros e avaliação de riscos, que tem expectativa de crescimento na casa dos dois dígitos das apólices que gerem ameaças cibernéticas. A procura pela corretora já tem aumentado, principalmente por empresas de data center (armazenamento e processamento de dados), e-commerce e pagamentos via web.
O cuidado deve se estender para os setores de logística, saúde, redes de energia e telecom. “Eles também devem estar atentos na contratação deste tipo de seguro, pois são muito sensíveis e qualquer invasão ao banco de dados poderia representar prejuízos significantes”, explica Caio Timbó.
Pesquisas indicam que sistemas invadidos e informações roubadas seguem como o grande risco para as companhias até 2020. “Mesmo diante desse cenário, as empresas procuram investir somente em sistemas de segurança com diversas redundâncias, a fim de minimizar ao máximo qualquer exposição, preterindo o seguro. Só quando sofrem algum tipo de ameaça ou ocorre uma situação real, buscam ajuda para remediar a situação, quando o ideal é de que segurança avançada e uma apólice bem estruturada caminhem juntas”, defende o executivo da LTSeg.
“É certo que mesmo com todo o investimento em segurança, ainda haverá riscos, novas ferramentas, novas tecnologias e novas exposições. A fim de mitigar ainda mais estas exposições que o produto do seguro se encaixa, podendo atuar não como uma proteção, mas como um ‘damage control’, funcionando como última barreira de proteção, não dos dados ou do sistema, mas sim do patrimônio das empresas frente as perdas financeiras”, explica Caio Timbó.
Segundo o executivo, cabe ressaltar que algumas empresas que lidam diretamente com data center (e assuntos relacionados com banco de dados) têm uma preocupação maior sobre ameaças virtuais, por trabalharem diretamente com isso, e terminam procurando o seguro para ter mais esta camada de proteção. “As demais companhias até reconhecem que estão expostas, mas focam em outras preocupações, e é este contexto que precisa ser trabalhado por conta da ameaça que o Brasil enfrenta”, afirma.
Risco eminente
O Brasil figura como principal fonte de ataques da América Latina e está entre os top 15 em todo o mundo, segundo o site de vigilância e segurança digital Norse Corp. Por aqui, o seguro cibernético foi regulamentado há nove anos pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) mas, desde então, só por 1% das empresas adquiriram o produto. Em outros países a prática já é comum, como nos Estados Unidos, onde 20% das empresas já apresentam esse tipo de proteção.
Fonte: Seguro Notícias