No último dia 7 aconteceu em Brasília a posse da nova diretoria da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização). Presidida por Marco Antonio Rossi, a nova diretoria substitui Jorge Hilário Gouveia Vieira e seus pares nos próximos três anos.
Chapa única, a nova diretoria é fruto de longas negociações, visando dar representatividade dentro da Confederação para todos os setores abrangidos pelo guarda chuva da CNseg, o que não é fácil, dadas as características do mercado.
O setor de seguros vai muito além do nome e engloba também as empresas de previdência privada aberta, saúde suplementar e capitalização. Cada atividade tem particularidades importantes, que precisam ser corretamente dimensionadas para que haja a representatividade indispensável para cada setor, de acordo com seu peso específico.
Para explicar melhor o quadro é importante dizer que, além da CNseg, a atividade seguradora tem quatro Federações, que representam os interesses diretos de cada setor. É assim que os seguros gerais são representados pela FENSEG, previdência privada aberta e vida são representadas pela FENAPREVI, saúde suplementar pela FENASAÚDE e a capitalização pela FENACAP.
Cada uma tem sua diretoria e os respectivos presidentes integram automaticamente a diretoria da CNseg, como vice-presidentes natos, ou seja, eles não são eleitos para integrarem a diretoria da Confederação, mas fazem parte dela por serem os presidentes das Federações.
Além deles, a CNseg tem mais 3 vice-presidentes e 14 diretores eleitos, além de um diretor nato, que é o vice-presidente executivo da FENASEG (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização).
Como se vê, é um desenho de grandes proporções e que precisa ser assim em função das particularidades do setor, onde grandes empresas ligadas a conglomerados financeiros dividem espaço com empresas independentes, de capital nacional e estrangeiro, de todos os portes e atuando nas mais diversas áreas.
Para que a atividade mantenha seu crescimento de forma harmoniosa, como vem acontecendo ao longo dos últimos anos, todas as correntes devem estar inseridas no órgão maior, encarregado de fazer a representação oficial de todos os segmentos que o compõem.
Por ocasião da implantação do Plano Real o setor de seguros representava pouco mais de 1% do PIB brasileiro. Atualmente, esta ordem de grandeza saltou para 6% e o crescimento recente, bem como as previsões para o país, permitem prever que em poucos anos ele suba significativamente, para algo ao redor de 8 ou 9% do PIB.
É um cenário positivo, acelerado pelas profundas modificações por que passa o Brasil e que levaram mais de 30 milhões de pessoas a deixarem a pobreza, ingressando na classe média e na sociedade de consumo. Além disso, perto de 16 milhões de pessoas da classe E atualmente encontram amparo nos programas assistenciais públicos, podendo desta forma sair da miséria.
De outro lado, as obras de infraestrutura para os eventos de 2014 e 2016 também impulsionam a atividade seguradora, abrindo amplo espaço para as apólices de seguros garantia, seguros patrimoniais e seguros de responsabilidade civil.
O setor deve manter a tendência de crescimento acima da média nacional, o que é bom para o país, na medida em que os recursos podem ser investidos em projetos geradores de riqueza, sem risco de, no caso de um acidente, ser necessário o desvio de parte deles para cobrir os prejuízos.
Aliás, as reservas e os ativos do setor de seguros estão na casa dos 500 bilhões de reais, o que faz dele peça importante na constituição da poupança brasileira. Além disto, em 2012 foram pagos 119 bilhões de reais em indenizações, garantindo aos beneficiários a preservação do patrimônio e a capacidade de atuação.
Fonte: Penteado Mendonça