
As compensações porque as vítimas tiveram algum tipo de invalidez permanente passaram de 31.121, em 2005, para 70.879, em 2009, um crescimento de 127%. No mesmo período, os ressarcimentos por mortes diminuíram de 55.024 para 53.052, uma queda de 4%.
Especialistas ouvidos pelo R7 apontam a diminuição geral da velocidade do trânsito, a popularização das motos e a maior divulgação do DPVAT como algumas das causas para a questão.
O engenheiro e consultor de trânsito Horácio Figueira afirma que a diminuição geral na velocidade média no trânsito das cidades pode ter contribuído para a queda nas mortes e aumento nas lesões permanentes.
– Essa diminuição na velocidade média tende a fomentar colisões com vítimas sequeladas.
Outra explicação apontada por Figueira é a melhoria da tecnologia de segurança dos carros e a popularização das motocicletas. Acidentes com motos foram responsáveis por 60,6% das vítimas indenizadas, apesar de representarem um quarto de toda a frota de veículos do país.
Para o engenheiro Sérgio Ejzenberg, mestre em engenharia de transportes pela USP (Universidade de São Paulo), os números de acidentes com motos tendem a crescer nos próximos anos. Segundo ele, as más condições do transporte público "empurram" a classe média para comprar uma moto na primeira oportunidade.
Reportagem do R7 publicada em julho deste ano mostrou que os motociclistas têm quase três vezes mais chances de morrer em acidente que ocupantes de carro em São Paulo. Outro estudo, de maio, revelou que, na capital paulista, as motocicletas estavam também sendo compradas pelos ricos que desejam fugir do rodízio municipal de veículos.
Cássia Delpapa, primeira vice-presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo), também afirma que a diminuição na velocidade e a popularização das motos são as grandes causas para os resultados divulgados pelo DPVAT. Ela acrescenta ainda que o maior conhecimento da população sobre o seguro nacional pode ter ajudado no crescimento de pedidos de indenização.
O DPVAT, seguro obrigatório pago por todos os proprietários de veículos no país, pode ser acionado por qualquer vítima de acidente de trânsito. Mesmo aqueles que não têm carros podem pedir a compensação. O teto do ressarcimento é de R$ 12 mil, pago no caso de morte ou invalidez. Segundo Cássia, o dinheiro é liberado de 15 a 20 dias depois que a vítima ou seus parentes dão entrada no pedido. (Informações do Portal R7)
Fonte: site ogirassol.com.br