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terça-feira, 24 de maio de 2011

Bombeiros encontram sexto corpo do naufrágio no lago Paranoá


O Corpo de Bombeiros localizou por volta de 9h30 desta terça-feira (24) a sexta vítima do naufrágio do barco "Imagination" no lago Paranoá, em Brasília. Trata-se de um homem que estava a 100 metros de distância da embarcação. Mais cedo, foi encontrado um outro homem, ainda não identificado, que foi removido do fundo do lago. Pelo menos três pessoas continuam desaparecidas.

O barco, que transportava mais de cem pessoas, virou na noite de domingo (22). As buscas foram retomadas às 6h desta manhã, depois de terem sido interrompidas com o resgate de mais dois corpos por volta de 18h50 de segunda-feira. Até agora, duas crianças, um homem e uma mulher tiveram as mortes confirmadas no acidente.

A embarcação, que está inclinada e a 17 metros de profundidade, será içada assim que a equipe de resgate esvaziá-la. Cerca de 30 homens dos bombeiros trabalham no local do acidente.

As equipes de resgate ainda têm dúvida sobre se dois nomes na lista extra-oficial de passageiros se referem a um mesmo indivíduo ou não. A esperança de haver sobreviventes se limita basicamente à ida deles a hospitais privados, sem que os bombeiros e a polícia tenham tomado conhecimento. "Cada hora que passa a certeza de estarmos buscando corpos é maior", afirmou a major Vanessa Signale, do Corpo de Bombeiros.

Na segunda-feira (23), os trabalhos terminaram com o resgate de dois corpos, por volta das 18h30. Com visibilidade de menos de um metro de distância ao longo de todo o dia, os bombeiros afirmaram que não havia como continuar as buscas durante a madrugada. Desde o momento do acidente com o barco “Imagination”, às 20h30 de domingo, eles estiveram no local por quase 20 horas, muitos sem nem voltar para casa.

O dia seguinte ao acidente também foi cheio na 10ª delegacia da Polícia Civil, no Lago Sul, área nobre de Brasília. O delegado Adval Carvalho de Matos ouviu aproximadamente dez testemunhas, entre elas o comandante da embarcação, Airton da Silva Maciel – que falou duas vezes, a última delas no fim da noite. Para esta quarta-feira é esperado o depoimento da organizadora da festa no barco, Vanda Pereira Dornel.

Uma das vítimas já identificadas é Flávia Daniela, 22, irmã da organizadora da confraternização que reunia funcionários de restaurantes e lanchonetes da cidade. Os corpos dos outros mortos foram levados ao IML (Instituto Médico Legal), para onde os bombeiros enviaram as famílias de todos os desaparecidos no acidente. Muitos dos sobreviventes e dos familiares reclamaram de falta de informações sobre os desaparecidos ao longo da terça-feira.

Não há uma relação oficial de passageiros da embarcação, que tinha capacidade para 92 pessoas. Os bombeiros afirmaram que pelo menos 104 estavam a bordo, mas havia "penetras" na festa e o cruzamento de dados feito pelas equipes de resgate pode não incluir todos aqueles que estavam presentes no momento do naufrágio. Dentro do barco foi encontrada uma lista, em condições ainda desconhecidas e hoje sob poder da Polícia Civil.

Motivos

Poucas horas depois do acidente, os bombeiros falavam em uma conjunção de fatores para a tragédia: número de passageiros acima do previsto, incapacidade de uma bomba para drenar a água e condições climáticas. No fim do dia, a polícia afirmava que rachaduras na estrutura do barco, encontradas por mergulhadores, podem ter causado o acidente. “Mas no fim só a perícia vai dizer exatamente o que pesou mais”, afirmou o delegado Matos.

A polícia também investiga uma lancha que ajudou no resgate dos naufragados. Sobreviventes do acidente se contradisseram a respeito de um suposto impacto entre as duas embarcações. Matos, no entanto, diz que na outra embarcação não havia nenhum sinal de colisão que desse credibilidade a essa suposição.

O comandante da Marinha Rogério Leite, delegado fluvial de Brasília, afirmou que a embarcação passou por uma vistoria em novembro do ano passado e que nenhuma falha foi detectada. Haveria outra revisão até o fim deste ano. Ele afirmou que uma perícia será feita pela Marinha para produzir um relatório em até três meses. Depois disso, o documento será enviado ao Tribunal Marítimo, que poderá multar ou retirar a licença dos operadores do barco.

Segundo Leite, entre 1.600 e 2.000 embarcações utilizam o lago Paranoá para navegação. Ele afirmou que a Marinha estuda ampliar a fiscalização na região com mais homens e barcos. No momento em que aconteceu o acidente, havia quatro homens de plantão em um lago que tem 48 km de extensão.

Sobre as causas do acidente, o comandante evitou culpar o excesso de passageiros. A embarcação tinha licença para operar com 90 passageiros e dois tripulantes, mas o Corpo de Bombeiros diz que pelo menos 104 pessoas estavam a bordo. "Colocar cinco ou seis pessoas a mais não quer dizer que haveria um naufrágio", disse. "Além disso, é preciso ter certeza de que era esse o número de pessoas que estavam lá.” Certeza que até agora ninguém tem.

Fonte: Portal noticias.uol.com.br