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sexta-feira, 24 de junho de 2011

O que querem os hackers?

Num momento em que o governo brasileiro discute o tempo de sigilo a que os documentos oficias devem ser submetidos, uma série de ataques virtuais aos bancos de dados governamentais - o de hoje foi o do IBGE - sugere outra pergunta: é possível proteger essas informações? Grupos como o Fatal Error Crew, que causou problemas aos sites do Exército e da Presidência da República, alegam que suas ações são motivadas pelo desejo de apontar as falhas de segurança dos sistemas, mas a publicação de dados sigilosos, como logins e senhas de militares, extrapola esse objetivo.

A existência de grupos como o Wikileaks e o Anonymous, criados por hackers e adeptos da livre circulação de informações e da liberdade de expressão, leva a crer na formação de um movimento cibernético em torno de uma mesma causa. No caso brasileiro, os alvos preferenciais têm sido sites do governo, numa demonstração de desagrado em relação à conduta das autoridades brasileiras.

Na divulgação de suas ações, os hackers se referem aos políticos como "ladrões" e dão a entender que atuam a partir de um senso de justiça. Mas, como os próprios admitem, nem todas ações têm embasamento político ou ideológico. O grupo LulzSec, cujo braço brasileiro reivindica a exposição dos dados de autoridades como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e a presidente Dilma Roussef, é acusado por desafetos na web de estar atrás de fama e dinheiro.

O Lulzsec comemorou nesta semana a marca de "um quarto de milhão" de seguidores no Twitter e costuma promover promoções no microblog, atrelando a execução de ações à presença de uma audiência para acompanhá-la. A figura de Julian Assange, fundador do Wikileaks que ganhou status de paladino da liberdade de expressão no fim do ano passado, reforça o lado celebridade do mundo dos hackers, que ganharam até uma famosa representante no mundo literário -- a cracker Lisbeth Salander protagoniza a best-seller Trilogia Millenium, do sueco Stieg Larsson.

O passado de hacker contribuiu para a formação e o sucesso de diversas outras celebridades do mundo virtual, como os criadores do Facebook, Mark Zuckerberg, e do Napster, Sean Parker, e os fundadores da Apple, Steve Jobs e Steve Wozniak. As histórias de sucesso desses empresários também contribuem para incentivar a ação questionadora de jovens na rede -- não raro, os hackers são contratados para atuar no setor de segurança de empresas cujas falhas eles contribuíram para expor.

As motivações alegadas para invadir sites superprotegidos ou de importância para os governos são tantas -- e existem tantos grupos diferentes atuando -- que a tentativa de eleger uma única explicação para o fenômeno é vã. Mas, independente dos motivos, o recente acesso dos hackers a dados sigilosos do governo indica pelo menos uma necessidade de as autoridades brasileiras prestarem mais atenção à segurança das informações.

No fim das contas, pouco importa se foi por diversão, em busca de atenção ou em nome de uma causa nobre. Os problemas causados pela atuação dos hackers e crackers nos sites do governo brasileiro nesta semana expuseram a fragilidade dos sistemas. Que as autoridades zelem pelos seus (e nossos) dados ou pelo menos aprovem o projeto de lei que tipifica os crimes virtuais, proposto há 14 anos no Congresso Nacional.
Fonte: Portal de notícias Mundo Positivo