.

.
A Corretora que representamos trabalha com as mais conceituadas e competentes Seguradoras do mercado; possui uma equipe de profissionais treinados, buscando sempre soluções de alta qualidade e preço justo. Nossa meta: Identificar as áreas de exposição e recomendar soluções de alta qualidade. Estamos em Campos dos Goytacazes desde 1998 e temos a proteção que você procura. Fale com nossa equipe e depois de escolher a oferta de proteção, escolha os planos que mais te atendem. Canais de atendimento: WhatsApp (22) 99818-8832 ; e-mail: seguroemtemposderiscos@gmail.com ou c.barbosa2006@terra.com.br

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mercado se prepara para aceitar riscos antes rejeitados .

O mercado de seguros está se preparando para oferecer coberturas a eventos que antes não podiam ser segurados. Com a ajuda da tecnologia é possível entender cada vez mais os riscos que corremos e a melhor forma de precificar os seguros. É o que acredita o presidente da Allianz Risk Transfer Holanda, John Arpel. Em palestra realizada ontem (27) durante a sexta edição do Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, promovido pela Allianz Seguros, o executivo explicou que apesar dessa evolução, ainda existem riscos não seguráveis.

Ele citou o problema com uma frota de táxis na África do Sul, que não pôde receber os carros encomendados na montadora Toyota porque esta, diretamente afetada pela catástrofe que atingiu o Japão em março, não conseguiu fabricar os veículos. "Os taxistas foram prejudicados por isso, mas não há como ofertar um seguro para eles nesse caso de não receber a mercadoria", explicou o executivo.

Em relação aos riscos aceitos pelo mercado de seguros, um dos principais são as catástrofes climáticas, resultado de alterações no clima mundial. Ele citou diversos exemplos de prejuízos derivados de furacões, alagamentos, deslizamentos de terra etc. "A tragédia do Japão, por exemplo, tem um custo estimado pelas empresas de serviços de risco de US$ 30 bilhões ",valor que deverá ser desembolsado pelas seguradoras em indenizações.

Apesar dos fenômenos climáticos serem cada vez mais constantes e intensos, eles estão ficando mais fáceis de serem previstos. Segundo Oswaldo Massambini, PhD em Ciências Atmosféricas e assessor da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de São Paulo, o nível de conhecimento na comunidade geofísica evoluiu muito, de forma que o comportamento do planeta está mais compreensível. "Porém, o desafio mundial é ter uma previsão mais assertiva de eventos climáticos. Mas posso afirmar que, a cada dia, estamos mais hábeis nas previsões".

Diferentemente do Japão, que tem como principal problema climático terremotos, no Brasil o problema é devido às consequências causadas pelas chuvas. Recentemente, houve um deslizamento de terra na região serrana do Rio de Janeiro, atingindo as cidades de Teresópolis, Bom Jardim, Ariel, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Petrópolis e Friburgo. Ao contrário do Japão, o mercado de seguros brasileiro foi pouco afetado pelo episódio, já que a penetração do seguro no País ainda é baixa. Segundo Rodrigo Belloube, responsável pelas operações de Property da Munich Re Brasil, "esta foi a primeira vez que um contrato envolvendo catástrofe climática no Brasil chegou à Munich Re". Ele informou também que uma seguradora chegou a pagar R$ 14 milhões em indenizações de seguro automóvel.

Angelo Colombo, diretor de Grandes Riscos da Allianz Seguros, afirmou que em função das catástrofes deste ano, as companhias de seguros não correm risco sistêmico. "Só para citar como exemplo, o mercado é super regulamentado. Para uma resseguradora estrangeira entrar no Brasil como local precisa depositar R$ 60 milhões. Já um banco de investimentos necessita de R$ 16 milhões de capital mínimo. Sobre a possível alta das taxas brasileiras para "compensar" os prejuízos em outros mercados, Colombo acredita que é improvável. "Não é possível recuperar perdas elevando os preços se o mercado não comporta esse aumento", completou.

Atlântico Norte

Outro assunto envolvendo o clima que deixou o mercado de seguros atento é a temporada de furacões no Atlântico Norte. Com base em estatísticas do Centro Nacional de Furacões, a probabilidade de furacões de grande porte atingir a região é de 20% e as perdas podem chegar a US$ 110 bilhões, caso um deles toque a terra na costa Sul de Nova Jérsei e siga em direção a Nova Iorque, nos Estados Unidos. "Entretanto, esta é uma probabilidade, já que não há como sabermos exatamente em qual local e se o evento irá de fato tocar a terra", disse Arpel.

Segundo Belloube, da Munich Re Brasil, a intensidade dos furacões aumentou. "Enquanto que entre 1900 e 1925 a ocorrência era de 1,4 furacão significativo/ano, nos 40 anos seguintes aumentou para 2,6 anualmente e a partir de 1975 subiu para 3,8 furacões no mesmo período de tempo".

Urbanização

A urbanização e o crescimento da população são alguns dos principais fatores que interferem nas mudanças climáticas do planeta. Para o coordenador do Núcleo de Pesquisas de Redes na área de mudanças climáticas da Unicamp, Ricardo Ojima, a população mundial deve aprender a viver com essas mudanças. Segundo ele, devido ao aumento da longevidade e cada vez mais pessoas mudando para regiões urbanas, o impacto ambiental será maior."Um adulto a mais no planeta é diferente do que uma criança a mais, porque um adulto poderá dirigir um carro e, consequentemente, emitir mais gases no ar. Já uma criança não", exemplificou.[2]

Já a coordenadora de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE, Maria Luisa Castello Branco, aponta que o principal problema da urbanização é a ocupação desordenada. "Falta distribuir as pessoas de forma efetiva", comentou. Segundo ela, as populações mais vulneráveis serão as mais afetadas pelos problemas climáticos.

Fonte: Portal de notícias SEGS