Se os Estados Unidos estivessem numa trajetória “normal” de recuperação econômica, o PIB do país deveria ter crescido cerca de 6% nos últimos dois anos, para compensar o tombo tomado durante a crise. Mas cresceu a metade disso – e tudo indica que a taxa de expansão no primeiro semestre de 2011 será inferior a 2%. Foi o que escreveu, num relatório semanal, Bob Doll, vice-presidente da BlackRock, a maior gestora de recursos do mundo, com 3 trilhões de dólares de patrimônio.
“Isso coloca os Estados Unidos num momento crítico”, disse ele. Segundo Doll, desde 1960, sempre que o país cresceu menos de 2% ao ano, houve uma recessão.
Doll continua o texto dizendo que, dessa vez, há uma chance de o país não entrar em recessão. Ele cita alguns dados positivos do cenário externo, como a queda dos preços do petróleo e a retomada do Japão, e da economia americana, como a recuperação, ainda que lenta, do mercado de trabalho. Mas acrescenta que os números precisam continuar a melhorar para que essa visão “otimista, mas com cautela” prevaleça.
Segundo o executivo, existe um risco de que o PIB do segundo semestre seja pior que o do primeiro. “Isso levanta a questão: o que os agentes de política monetária farão se o crescimento continuar a desapontar?”, escreveu
Fonte: Portal de notícias EXAME